sábado, 24 de julho de 2010

Próprias...

É doce o sonho de viver uma vida simples e feliz.
Mas é fácil complicar este sonho.

Me encanto com a idéia de encontrar o essencial, adotar o simples, viver o hoje... mas há horas em que quase me esqueço disto, e me perco na espera por respostas. Definitivamente não quero ser espectador dos meus passos. Quero protagonizar minha cena. Mas não tem jeito. Vira e mexe me vejo simplesmente esperando... E enquanto me esqueço do simples, vou ficando frágil como poeira ao vento. Fazer o quê? Acho que é isso mesmo que é ser humano.

domingo, 18 de julho de 2010

Citações...

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Charles Chaplin

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre mais fichas...

Ando diversificando um pouco
Sonhos, dúvidas e caminhos;
Tenho errado um pouco a direção
Mas quer saber?
Quantos lugares eu desconhecia!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Próprias...

O cansaço me tira o chão, limpa meus pensamentos. Desperta-me dos sonhos, desanima meus sentimentos. E em troca da alma que entrego, recebo meia dúzia de palavras que rendem apenas algumas rimas pobres. Longe...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Perfeição"...

"O mundo e as pessoas grandes estão desse jeito, porque na busca desesperada por uma vida 'perfeita', elas esqueceram como enxergar o mundo com os olhos inocentes e sinceros de uma criança." O Thiago, grande amigo e irmão, me presenteou no último Natal com uma edição do "O Pequeno Príncipe", onde escreveu estas palavras que por si só já valeram o presente!

Demorei para começar a ler este livro, e tão rápida é a sua leitura que o estou relendo... e lendo novamente... e rabiscando; e grifando; e sublinhando; e tentando aprender algo que possa me fazer enxergar o mundo com os olhos de criança. Na medida em que envelhecemos, a felicidade vai se transformando numa equação cada vez mais complicada. Sou bom com números, mas se eu continuar transformando minha felicidade numa dessas equações, corro o risco de chegar à um resultado negativo, ou nulo, ou indecifrável.

Gosto da palavra "adulto", mas vive-se melhor quando se é criança. E assim como o pequeno príncipe, que não desistia de uma pergunta após tê-la feito, vou dormir (ou perder o sono) aqui pensando:

Que adulto sou eu que não consigo enxergar a vida com os olhos de uma criança???

domingo, 4 de julho de 2010

Só pra constar...

...preciso de um novo espelho. O meu já está viciado!

"110, 120, 160..."

Lembrei-me agora de quando peguei pela primeira vez a Fernão Dias rumo à Sampa, dividido entre o medo de vacilar ao volante, a sensação daquela primeira viagem como condutor, as lembranças de algumas labutas pra chegar àquele dia, e a vontade de ouvir repetidas vezes Infinita Highway... Era tempo em que eu achava que tudo dali pra frente seria diferente! Muita água já rolou desde esse dia, e a rotina acabou me colocando no piloto automático. Acabei percebendo que dirigir assim pode até me levar à destinos longínquos, mas ao custo de perder a beleza da viagem. Saudoso com o passado e preocupado com o futuro, escrevi um roteiro de linhas retas para um livro que tem linhas tortas, e diferentes, a cada página virada. Apostei sempre as últimas fichas em uma única carta.

Quero o volante de novo em minhas mãos. Parece que já se passaram vários anos dentro desse ano, que só chegou à sua metade agora... já pensei e repensei muita coisa, já fiz muito, e ainda assim, fiz praticamente nada. Tô pagando pra ver "até onde o motor aguenta". E haja divagação nessa estrada!

Reticências

"Quanta mudança
Alcança o nosso ser
Posso ser assim
Daqui a pouco não.
(...)
Reciclar a palavra
O telhado e o porão;
Reinventar tantas outras
Notas musicais.
Escrever um pretexto,
Um prefácio e um Refrão
Ser essência muito mais."

Trecho da música Reticências, da banda O Teatro Mágico.

Reticências...

Uma prima observou o quanto eu usava as Reticências (...). Verdade! Em quase toda frase que uso tento encaixar esses três pontinhos, que podem dizer tudo, ou que podem dizer nada... (rs, reticências novamente)

Vez ou outra me perco pensando se isso quer dizer alguma coisa; aí hoje achei no Recanto das Letras um trecho que diz que "As reticências são sinais gráficos de grande poder de sugestão e ricas em matizes melódicos. São ótimas auxiliares da linguagem afetiva e poética. Seu uso, porém, depende do estado emotivo do escritor. (...) São fundamentais naqueles casos (...) de duplo sentido, nos muitos subentendidos das conversas vagas, nas promessas indefinidas, nas situações pouco claras, nas esperanças falsamente criadas, nas aberturas ao contraditório, nos convites a 'algo mais', enfim, em todas as circunstâncias nas quais a precisão e o cuidado com o verdadeiro não figuram entre as prioridades do autor..."

É, acho que isso diz alguma coisa sim! Ao ler o trechinho acima, adorei as citações do convite ao algo mais, dos subtendidos das conversas vagas, das situações pouco claras e das esperanças falsamente criadas... adorei porque pensei em tanta coisa após esse trecho, que não consegui traduzir muito claramente essa minha relação com as reticências. Pensando e repensando, escrevendo e reescrevendo, só consegui encaixar uma coisa à esta minha divagação:

...